sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Encontrados indícios de vida extraterrestre em um cometa!

NOTÍCIA - 24/09/2009

Cientistas da NASA encontraram um tipo de aminoácido, um componente fundamental para a vida, em amostras do cometa Wild 2, coletadas pela nave Stardust

Os cientistas da NASA noticiaram na reunião da “American Chemical Society” em 16/08/2009, que descobriram em um cometa um tipo de aminoácido, a glicina, um bloco fundamental para a construção das moléculas presentes nos organismos vivos, responsável pela produção de proteínas. Isso ocorreu a partir das análises das amostras do cometa Wild 2 coletadas e enviadas à Terra pela nave espacial Stardust da NASA.
Isto sugere que os ingredientes da vida se forma(ra)m no espaço, no meio interestelar e foram trazidos à Terra por impactos de meteoritos e principalmente pelos cometas. Desta maneira, a vida certamente é muito mais comum no Universo, e ao mesmo tempo especial, como nunca havíamos imaginado. Ela é comum, pois há uma maior probabilidade de mais sistemas planetários abrigarem a vida, e do mesmo modo especial, pois os seres vivos devem se desenvolver em diferentes ambientes cósmicos produzindo inimagináveis tipos de seres vivos.
A nave Stardust atravessou duas vezes a cauda de gases e poeira do cometa Wild 2 em 1 de maio de 2000, e em 2 de janeiro de 2004 e coletou amostras do material expelido pelo núcleo cometário. Após esta etapa, o sistema robotizado da nave, enviou uma cápsula em direção da Terra, com as amostras.
Esta cápsula chegou até a Terra em 15 de janeiro de 2006. Desde então, os cientistas analisaram as amostras de material tão antigo quanto o Sistema Solar.
Inicialmente, os cientistas acreditaram que a glicina não fosse deste cometa, pois poderia ter sido uma contaminação da vida terrestre, quando a cápsula aqui chegou. Entretanto as análises posteriores por meio da verificação da existência do isótopo de Carbono 13 mostraram a impossibilidade deste tipo de átomo ter se formado na Terra, pois temos aqui somente os isótopos de Carbono 12 e 14, desta maneira a glicina só pode ter se originado por processos físico-químicos no cometa.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Hubble completa 19 anos e registra gigantesco choque de galáxias

Um dos mais importantes instrumentos científicos em operação, o Telescópio Espacial Hubble, está completando 19 anos. E para não perder o costume passou o aniversário trabalhando, registrando um peculiar grupo de galáxias com mais de 100 mil anos-luz de comprimento.
Nos últimos 19 anos o telescópio registrou centenas de imagens exóticas de galáxias colidindo. As cenas foram tantas que os pesquisadores não acreditavam que pudessem ver algo novo e estranho, mas a composição registrada surpreendeu novamente. A foto mostra o objeto ARP 194, um conjunto triplo de galáxias onde se tem a impressão de que as estrelas estão "escorrendo" através de um fluxo azul, visto no centro da foto. Na realidade, o fluxo observado é o braço de uma das galáxias, repleto de centenas de estrelas que acabaram de nascer e foi criado pela interação da gigantesca força gravitacional entre as duas galáxias vistas no topo da imagem.


Os núcleos das duas galáxias que estão se fundindo pode ser visto no canto superior direito da composição. O bizarro fluxo azul, uma espécie de ponte cósmica, parece se conectar à galáxia inferior, mas na realidade não passa de uma ilusão de ótica. A galáxia inferior não está no mesmo plano das duas que se fundem, mas muito atrás delas, não existindo nenhum contato físico entre os objetos.
O berçário azul de estrelas é sem dúvida o que mais chama a atenção na imagem. Contém enormes aglomerados estelares que por sua vez podem conter outras dezenas de jovens aglomerados. Ali, as forças gravitacionais envolvidas podem aumentar a taxa da criação estelar, dando origem à brilhantes estrelas que se formam em galáxias em fusão.O Telescópio Espacial Hubble foi colocado em órbita em 1990 pelo ônibus espacial Discovery. Até o momento o instrumento fez mais de 850 mil investigações, registrando aproximadamente 600 mil imagens de 29 mil objetos.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O ESPAÇO E O TEMPO

Já muitas definições de espaço foram dadas, sendo a principal esta: o espaço é a extensão que separa dois corpos, na qual certos sofistas deduziram que onde não haja corpos não haverá espaço. Nisto foi que se basearam alguns doutores em teologia para estabelecer que o espaço é necessariamente finito, alegando que certo número de corpos finitos não poderiam formar uma série infinita e que, onde acabassem os corpos, igualmente o espaço acabaria.
Também definiram o espaço como sendo o lugar onde se movem os mundos, o vazio onde a matéria atua, etc. Deixemos todas essas definições, que nada definem, nos tratados onde repousam.
Espaço é uma dessas palavras que exprimem uma idéia primitiva e axiomática, de si mesma evidente, e a cujo respeito as diversas definições que se possam dar nada mais fazem do que obscurecê-la. Todos sabemos o que é o espaço e eu apenas quero firmar que ele é infinito, a fim de que os nossos estudos ulteriores não encontrem uma barreira opondo-se às investigações do nosso olhar.
Ora, digo que o espaço é infinito, pela razão de ser impossível imaginar-se-lhe um limite qualquer e porque, apesar da dificuldade com que topamos para conceber o infinito, mais fácil nos é avançar eternamente pelo espaço, em pensamento, do que parar num ponto qualquer, depois do qual não mais encontrássemos extensão a percorrer.
Para figurarmos, quanto no-lo permitam as nossas limitadas faculdades, a infinidade do espaço, suponhamos que, partindo da Terra, perdida no meio do infinito, para um ponto qualquer do Universo, com a velocidade prodigiosa da centelha elétrica, que percorre milhares de léguas por segundo, e que, havendo percorrido milhões de léguas mal tenhamos deixado este globo, nos achamos num lugar donde apenas o divisamos sob o aspecto de pálida estrela. Passado um instante, seguindo sempre a mesma direção, chegamos
a essas estrelas longínquas que mal percebeis da vossa estação terrestre. Daí, não só a Terra nos desaparece inteiramente do olhar nas profundezas do céu, como também o próprio Sol, com todo o seu esplendor, se há eclipsado pela extensão que dele nos separa. Animados sempre da mesma velocidade do relâmpago, a cada passo que avançamos na extensão, transpomos sistemas de mundos, ilhas de luz etérea, estradas estelíferas, paragens suntuosas onde Deus semeou mundos na mesma profusão com que semeou as plantas nas pradarias terrenas.
Ora, há apenas poucos minutos que caminhamos e já centenas de milhões de milhões de léguas nos separam da Terra, bilhões de mundos nos passaram sob as vistas e, entretanto, escutai! em realidade, não avançamos um só passo que seja no Universo.
Se continuarmos durante anos, séculos, milhares de séculos, milhões de períodos cem vezes seculares e sempre com a mesma velocidade do relâmpago, nem um passo igualmente teremos avançado, qualquer que seja o lado para onde nos dirijamos e qualquer que seja o ponto para onde nos encaminhemos, a partir desse grãozinho invisível donde saímos e a que chamamos Terra.
Eis aí o que é o espaço!

Allan Kardec, A Gênese, cap.VI, item 01

sexta-feira, 17 de abril de 2009

III OLÍMPIADA BRASILEIRA DE FOGUETES (OBFOG)

Convidamos todos os alunos e alunas e todos os PROFESSORES E PROFESSORAS de todas as escolas previamente cadastradas na OBA para participarem da III OBFOG. Para a escola participar da III OBFOG tem que participar também da OBA, pois a OBFOG faz parte da OBA. A OBFOG tem cinco categorias, a saber:


Categoria 1: Alunos do nível 1 (1a à 2a ou 1a à 3a séries se o Ens.Fund. for de 8 ou 9 anos respectivamente).
Categoria 2: Alunos do nível 2 (3a à 4a ou 4a à 5a séries se o Ens.Fund. for de 8 ou 9 anos respectivamente).
Categoria 3: Alunos do nível 3 (5a à 8a ou 6a à 9a séries se o Ens.Fund. for de 8 ou 9 anos respectivamente).
Categoria 4: Alunos do nível 4 (qualquer série do ensino médio).
Categoria 5: Só professoras ou professores


Parte A) Foguete de canudinho. (Só para alunos do ensino fundamental)

Abaixo, damos uma orientação genérica sobre como construir e lançar um "foguete" constituído de um simples canudinho de refrigerante. Todos os alunos (ou grupos de alunos) deverão construir e MELHORAR o "foguete" que descrevemos abaixo, tal que o mesmo vá o mais longe possível.
A distância deve ser medida entre o local de lançamento e o local de IMPACTO ao longo da horizontal.
Cada escola só pode enviar o MELHOR resultado de cada categoria. Os resultados serão enviados junto com os resultados das provas da XI OBA, juntamente com uma rápida descrição do foguete e da forma de lançamento usado (incluir, se possível, fotos e ou filmes dos foguetes e dos lançamentos).


Regra básica de segurança: NUNCA lance ou permita que lancem foguetes, mesmo de canudo de
refrigerante, na direção de pessoas ou animais. Estas atividades devem ser sempre supervisionadas por adultos!


Introdução: Foguetes são veículos espaciais que podem levar cargas e seres humanos para muito além da atmosfera da Terra e permanecer em órbita ao redor desta. O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) está construindo o foguete chamado VLS, Veículo Lançador de Satélites. Com ele poderemos colocar pequenos satélites ao redor da Terra, sejam eles do Brasil ou de outros países.

Teoria: Os foguetes funcionam queimando combustível sólido ou líquido e ejetando o resultado desta queima em altíssima velocidade na direção oposta àquela em que se quer que o foguete vá. Este é o princípio de uma famosa lei da Física chamada "ação e reação". Nesta atividade não vamos usar este princípio e sim somente "impulsão".


A construção e lançamento do "foguete" de canudinho de refrigerante:
1. Providencie um canudinho de refrigerante fino e outro grosso, tal que o fino se encaixe dentro do grosso o mais justinho possível. Veja na figura ao lado a tampinha de refrigerante com os canudinhos encaixados.
2. Vede uma das pontas do canudo fino, por exemplo, com um pedaço de palito de fósforo contendo a respectiva cabeça. Além de vedar o canudinho, o peso do pedaço do palito de fósforo na ponta do "foguete-canudinho" faz com que o centro de massa do foguete fique na metade superior dele, o que estabiliza o vôo.

Métodos de lançamentos:


· 1o método: Coloque o canudo fino vedado dentro do canudo grosso. Sopre fortemente na extremidade inferior do canudo grosso e verá o canudinho-foguete, fino, ser lançado para longe. Meça a distância entre você e onde ele tocou no chão. Varie o ângulo de lançamento e faça o foguete-canudinho ir ainda mais longe.

· 2o método: Providencie uma garrafa de refrigerante vazia de qualquer volume. Faça um furo em sua tampinha tal que por ele você consiga passar o canudo grosso até a metade dele. O canudo tem que entrar justinho ou até um
pouquinho apertado. Por isso faça um furo fininho e vá alargando com a ponta da tesoura. Isso é muito fácil de se fazer. Coloque o canudinho fino dentro do canudo grosso que está preso na tampa da garrafa. APERTE subitamente a garrafa e verá o foguete-canudinho ser lançado para ainda mais longe do que quando soprado. Varie o ângulo de lançamento, varie o tamanho do pedaço do palito de fósforo que está na ponta do foguete, varie o tamanho da garrafa, etc e descubra como fazer para que o foguete vá o mais longe possível.


· 3o método: INVENTE VOCÊ MESMO! Mas não pode usar produto inflamável nem explosivo!
PRÊMIOS DA OBFOG: Todos participantes receberão certificados e neles a indicação da colocação. Quem conseguir os maiores alcances nas categorias 3, 4 e 5 serão convidados para participarem da I JORNADA DE LANÇAMENTO DE FOGUETES DIDÁTICOS. Obs. Se algum aluno do ensino fundamental desejar lançar o foguete da parte B, então deverá concorrer como aluno do ensino médio, ou seja, nível 4!


quarta-feira, 1 de abril de 2009

VOCÊ SABE QUEM FOI CAMILLE FLAMARION? PARTE 1





FLAMMARION: UM ASTRÔNOMO DIANTE DO MUNDO DOS ESPÍRITOS


"O corpo passa. A alma vive no infinito e na eternidade."
(FLAMMARION, 1923)

Introdução
Dos ilustres freqüentadores da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, contemporâneos a Kardec, o mais polêmico é o jovem astrônomo Camille Flammarion.
Sua obra e suas convicções influenciaram a geração que sucedeu ao codificador, na França e no Brasil, e tornaram-se a base da Metapsíquica nascente.
As obras sobre a vida de Flammarion são raras. Na nossa língua encontramos pequenas biografias de poucas páginas, há algumas resenhas sobre seus livros de temática espírita na "Revue Spirite" publicada por Allan Kardec, seu discurso no túmulo de Allan Kardec, publicado pela FEB em "Obras Póstumas" e os dados biográficos inseridos nos três livros "Allan Kardec" de Zêus Wantuil. As principais fontes deste trabalho, entretanto, devemos à gentileza de Alexandre Rocha, e são o livro autobiográfico "Memórias Biográficas e Filosóficas de um Astrônomo", escrito no início do século XX, onde Flammarion relata sua infância, seu contato com o Espiritismo, suas atividades e produção relativas à astronomia. Outro documento também relevante foi um fragmento de um discurso pronunciado por Flammarion em 1923, na British Society for Psychical Research.

Infância
Nicolas Camille Flammarion foi o filho primogênito de um casal de comerciantes de tapeçarias que viviam em Montigni-Le-Roi, região leste da França. Veio à luz aos vinte e seis dias de fevereiro de 1842.
Desde o nascimento os pais (especialmente a mãe) lhe reservaram um "destino intelectual". A mãe não deixava que o pequeno Nicolas brincasse com as crianças do povo. Aos quatro anos ele lia, aos quatro anos e meio escrevia, aos cinco anos iniciava os estudos de gramática e aritmética e aos seis iniciava-se na escola, onde escrevia com penas de pato.
Os pais de Flammarion tiveram mais três filhos, Berthe Martin, Ernest e Marie Valliant. Ernest Flammarion tornou-se dono de uma livraria e editora que publicou (e ainda publica) algumas das obras do irmão. A família parece ter-se envolvido no projeto dos pais, visto que no centenário da
publicação do seu laureado "Astronomia Popular", a editora de Ernest Flammarion lançou a público uma edição comemorativa.

Etienne-Jules, pai de Flammarion, era cético em assuntos de religião, mãe, Françoise Lomou era católica praticante e levava os filhos todos os domingos à igreja. Ela acreditava que o filho pudesse se dedicar à vida eclesiástica. Certa feita, Etienne Jules trouxe a seu filho um livro de Cosmografia que o pequeno copiou, especialmente os sistemas de Ptolomeu, Copérnico e Tycho-Brahe.
Aos nove anos de idade, Flammarion iniciou seus estudos de latim. Realizou seus estudos clássicos na cidade de Langres, em uma escola católica que foi responsável por seus sólidos conhecimentos em humanidades.
Após uma epidemia de cólera, seus pais passaram dificuldades financeiras e foram para Paris. Flammarion mudou-se em setembro de 1856.
Para se manter ele trabalhou como auxiliar de gravador e passou a estudar na Associação Politécnica de Paris em cursos gratuitos, onde aprendeu melhor as matemáticas que eram pouco enfatizadas no seu curso clássico. Ele trabalhava cerva de 15 a 16 horas diariamente. Aos domingos Flammarion estudava as disciplinas que despertavam seu interesse, como a frenologia, a fisiognomia e os sistemas de Laváter, Gall e Spurzheim.
Seu interesse pelos livros veio desde os tenros anos da infância. Aos oito anos Flammarion já possuía uma biblioteca de 50 volumes.

Flammarion - Astrônomo
Aos 15 anos Flammarion escreveu um livro de cerca de 500 páginas, que ele próprio ilustrou com 150 desenhos, intitulado "Cosmogonia universal: estudo do mundo primitivo". Este trabalho seria publicado mais tarde com o título: "O mundo antes da aparição do homem."
Com este livro em mãos, o jovem ganhou coragem e apresentou-se no Observatório de Paris, à época dirigido por Le Verrier, o astrônomo que houvera descoberto Netuno sem instrumentos, apenas usando cálculo. Após ser entrevistado e avaliado foi aceito como aluno-astrônomo.
Não nos deteremos em sua carreira de astrônomo, já que temos por objetivo focalizar sua trajetória e pensamento espíritas. Algumas informações, entretanto, se fazem úteis para que se avalie suas realizações profissionais.
Entre os tipos de atividades que realizou, Flammarion mediu estrelas duplas e realizou cálculo de suas órbitas, estudou a direção das correntes aéreas, fez estudos higrométricos do ar, analisou a rotação de corpos celestes, confeccionou mapas de Marte e escreveu trabalhos sobre a constituição física da Lua.
Analisemos suas publicações científicas e jornalísticas. Seu primeiro livro publicado foi "Pluralidade dos Mundos Habitados" (1861), seguido-se "Viagem extática às regiões lunares", "Os mundos imaginários e os mundos reais" (1865), "As maravilhas celestes" (obra popular de divulgação da astronomia), "Estudos e leituras sobre astronomia" (1867), "Viagens aéreas" (1867), "Galerie Astronomique" (1867), "Contemplações científicas" (coletânea de escritos publicados nas revistas "Siècle", "Magasin pittoresque" e "Cosmos" - 1870), "A atmosfera" (1871), "Astronomia Popular" (1880), "O mundo antes da criação do homem" (1885), "Os cometas, as estrelas e os planetas" (1886), "Astronomia para amadores" (1904) e "Raio e trovão" (1906).
Em "Pluralidade dos Mundos Habitados" trata do sistema solar, realiza um estudo comparativo dos planetas, discute a fisiologia dos seres a fim de abordar a questão da habitabilidade, trata de habitantes de outros mundos e da pluralidade dos mundos ante o dogma cristão. Kardec resenha
este livro na Revista Espírita, ressalvando que apesar de não se tratar de livro espírita, trata de assunto que envolve uma temática tratada pelos espíritos e de um autor que então era membro da Sociedade Espírita de Paris.
São muitas as revistas que receberam suas contribuições. Em Junho de 1863, tornou-se redator científico da revista "Cosmos", contribui nas revistas "Siècle", "Magasin Pittoresque" e funda, em 1882, a revista "L’Astronomie". Esta última revista continua sendo editada até os dias de hoje O Observatório de Juvisy foi fundado por Flammarion em 1883, onde passou a realizar seus trabalhos nas áreas de astronomia, climatologia e meteorologia. Ele é visto pelos astrônomos contemporâneos como um astrônomo amador que realizou um trabalho de vulgarização da astronomia (no seu sentido de divulgação, e não no pejorativo de banalização).2 Esta qualificação possivelmente se deve ao fato de ele não fazer parte de nenhuma academia ou centro de pesquisa oficial, mas, certamente, não se pode qualificá-lo de amador por não publicar seus trabalhos regularmente em periódicos científicos.
Quatro anos depois, ele tornou-se o fundador da Sociedade Astronômica da França (Société Astronomique de France), com o objetivo de "difundir as Ciências do Universo e fazer os amadores participarem do seu progresso", que continua vigente até os dias de hoje. Entre outras honrarias e prêmios, a Sociedade concede anualmente a "Plaquette du centenaire de Camille Flammarion", que é uma medalha de prata e o prêmio "Gabrielle et Camille Flammarion" para trabalhos e pesquisadores que se destacam.
A Academia Francesa concedeu a Flammarion o prêmio Montyon, em 1880, por seu livro "Astronomia Popular". Este foi um entre muitos. Nas suas memórias, o astrônomo enumera o prêmio "Ruban Violet" de oficial da instrução pública, a Grande Ordem da Cruz de Isabella Católica e a "Cruz da Grande Ordem de Carlos III", oferecidos pelo governo espanhol. D. Pedro II, imperador do Brasil, foi pessoalmente ao observatório de Juvisy entregar-lhe a comenda da "Ordem da Rosa" e Flammarion recebeu das mãos do rei e da rainha da Romênia o título de "Grande Oficial da Estrela da Romênia". Os títulos e honrarias parecem estender-se bastante, e são entendidos pelo beneficiário como marcos de estima e nunca como pagamentos de préstimos
políticos.

terça-feira, 31 de março de 2009

Vai começar a construção do maior telescópio do mundo

O consórcio do Telescópio Gigante Magalhães (GMT na sigla em inglês) anunciou as nove instituições que assinaram oficialmente o acordo para construção e operação do telescópio.
Maior telescópio do mundo
Localizado no Observatório Las Campanas, nos Andes chilenos, o GMT terá um espelho principal com resolução de 24,5 metros. Os maiores telescópios ópticos em operação atualmente são bem menores: o Gran Telescopio Canarias (10,4 metros), na Espanha, e os dois Keck (10 metros cada), no Havaí.


As nove instituições que participam do projeto do GMT são as universidades Harvard, Texas A&M, do Texas e do Arizona, e as instituições Carnegie e Smithsonian, nos Estados Unidos, a Universidade Nacional Australiana, a Astronomy Australia Limited e o Instituto de Astronomia e Ciência Espacial da Coreia do Sul.
Composto por sete segmentos primários com 8,4 metros e 20 toneladas cada um, o GMT deverá fornecer possibilidades inéditas em astronomia óptica e em infravermelho.
Janelas para o Universo
Os organizadores esperam "abrir novas janelas no Universo" e responder a questões que não podem ser abordadas pelos instrumentos atuais. Entre os temas a serem investigados com a ajuda do GMT estão a natureza da matéria e da energia escura que permeiam o Universo, a origem das primeiras estrelas e galáxias, formação dos planetas e buracos-negros. Também será usado na detecção de planetas em órbita de estrelas próximas ao Sol.
O GMT está previsto para entrar em operação em 2019. A construção deverá começar em 2012. De um total de estimados US$ 700 milhões necessários para a construção, US$ 130 milhões já foram levantados. O Observatório de Las Campanas, onde será instalado, pertence e é operado pela Instituição Carnegie.
Tecnologia dos espelhos
"Tanto na tecnologia de seus espelhos como na instalação no local escolhido, o projeto GMT aproveita a herança proveniente de dois telescópios muito bem-sucedidos, o Magalhães I e o Magalhães II, que estão em operação em Las Campanas desde 2000", disse Matt Johns, gerente de projetos do GMT.
"As oportunidades científicas para o GMT são extraordinárias. Ele deverá ajudar a iluminar não apenas a natureza do Universo, mas também as leis fundamentais da física que governam sua evolução", disse Patrick McCarthy, diretor interino do GMT.
"É especialmente significativo que o acordo que viabilizará sua construção tenha sido assinado no Ano Internacional de Astronomia e no 400º aniversário do primeiro uso astronômico de um telescópio, feito por Galileu", destacou.
Agência Fapesp11/02/2009

quarta-feira, 25 de março de 2009

UNIVERSO - OBRA DE DEUS

“Quão grande é o Universo em face das mesquinhas proporções que nossos pais lhe assinavam! Quanto é sublime a obra de Deus, desde que a vemos realizar-se conformemente às eternas leis da Natureza! Mas, também, quanto tempo, que de esforços do gênio, que de devotamentos se fizeram necessários para descerrar os olhos às criaturas e arrancar-lhes, afinal, a venda da ignorância!”

(Allan Kardec, A Gênese, cap.V)

MEDIR QUANTAS VEZES A TERRA TEM MAIS MASSA QUE A LUA

Toda massa tem propriedade de atrair massa. Esta propriedade foi descoberta por um Inglês chamado Isaac Newton. Graças a esta propriedade você tem peso, a Lua gira ao redor da Terra e a Terra (bem como todos os planetas) giram ao redor do Sol. Como você sabe o ser humano é muito curioso e sempre quer saber como a natureza funciona, gosta de medir tudo e tenta entender tudo. Pois bem, aqui vai uma proposta de atividade prática que mostrará para você como se pode determinar a massa da Terra, comparada à da Lua. Claro que não dá para colocar o Planeta Terra numa balança, para saber a massa dele, tal como você faz quando sobe numa balança para medir a sua massa (e não o seu peso!).
Então temos que usar outra técnica, muito simples, pois todos os alunos da classe poderão fazê-la simultaneamente, desde que tenham um relógio que marca os segundos e quase todos eles fazem isso (claro que se tiver um cronômetro será melhor ainda – alguns celulares tem cronômetro dentro deles).
O professor (ou você mesmo) vai prender uma linha bem fina (por exemplo, linha de costurar) numa bolinha de gude (ou de vidro, ou de aço) com fita adesiva (ou fita crepe ou isolante ou cola, etc). Ok, se não tem bolinha serve uma porca, ou uma pedra, ou um limãozinho ou uma laranja (serve até uma jaca ou melancia), mas prefira as coisas pequenas e mais
pesadas. Agora a parte mais difícil. Amarre a outra ponta da linha num ponto de apoio bem firme, ou seja, que não balance enquanto a bolinha estiver oscilando. Pode bater um preguinho no batente da porta, ou amarar em algum cano ou na maçaneta da porta ou em qualquer lugar, desde que seja um ponto imóvel. De quanto deve ser o comprimento do fio?
Na verdade pode ser de qualquer comprimento, mas para facilitar as contas depois, vamos usar um fio com UM METRO (nem um milímetro a mais ou a menos). Mas esse um metro tem que ser medido do centro da bolinha (ou limãozinho ou laranja) até o local fixo onde está amarrada a outra ponta da linha. Veja o esquema ao lado. Na verdade isso também não é nada difícil, não é mesmo? Difícil será você acreditar que isso vai dar certo, não é mesmo? Como é
possível que pelo balanço de um limãozinho se possa saber quantas vezes a Terra tem mais massa do que a Lua? (Vamos perguntar isso na prova da OBA do ensino médio!). Feita a montagem, teste-a para ver se o ponto fixo está fixo mesmo.
Em seguida afasta ligeiramente a bolinha da vertical (sem afrouxar a linha) e solte-a. Obviamente ela começa a oscilar, ou seja, você tem um PÊNDULO na sua frente.

Agora sim, fazendo a parte mais complicada. Meça o tempo para a bolinha ir e voltar ao ponto de partida após dez oscilações completas. Ou seja, solte a bolinha quando o "ponteiro" dos segundos do seu relógio (se ele tiver ponteiro) estiver sobre o número 12, das doze horas. Na verdade pode ser num instante qualquer, mas isso facilita as coisas, acredite. Peça para alguém avisar quando a bolinha tiver feito DEZ balançadas completas e neste instante veja quantos SEGUNDOS se passaram. Se passou 1 MINUTO e 15 SEGUNDOS, então o tempo será de 60 SEGUNDOS mais 15 SEGUNDOS ou seja 75 SEGUNDOS. Nunca misture minutos e segundos. Só pode usar SEGUNDOS.
Em seguida substitua o t da equação abaixo, pelo tempo (EM SEGUNDOS) das DEZ BALANÇADAS. Multiplique ele por ele mesmo e, finalmente, (ufa!), divida a constante da equação abaixo pelo valor obtido ao multiplicar t por t.
PRONTO! Você e todos os seus alunos acabaram de descobrir quantas vezes (N) a TERRA tem mais massa do que a LUA! Parabéns. Se o seu resultado deu muuiiiito diferente de 81 é bom refazer as medições ou as contas, ou ambas!!!
N = 32.700 / (t*t).
Curioso não? Não depende da massa do "limãozinho" e nem da "amplitude" da oscilação! É isso mesmo, não depende não.
Maravilhas da Astronomia! Na equação acima combinamos a Força Gravitacional entre a massa da Terra (MT) e a massa do limão (mL) ( 2 / T L T R m GM F = ) e a equação do período do pêndulo simples g L T p 2 = (T é o período de oscilação do pêndulo), lembrando que = = g m F L peso do limão e 2 / T T R GM g = . G é a constante gravitacional e RT é o raio da Terra.
De fato só usamos a massa da Lua como unidade ao invés de kg ou tonelada, senão daria um número muito grande.

quinta-feira, 19 de março de 2009

COMO CONSTRUIR UM RELÓGIO DE SOL

ATIVIDADE PRÁTICA 1 (para alunos de qualquer série/ano): RELÓGIO DE SOL COM GARRAFA PET

Introdução: Como você sabe, o Sol é a estrela da qual depende toda a vida na Terra e ele, felizmente, tem um comportamento extremamente regular em sua aparente trajetória diária no céu. Usaremos esta regularidade para construirmos um relógio de sol. Vamos orientá-lo para que construa um relógio, cujas horas serão lidas pela sombra de um barbante esticado dentro de uma garrafa PET ao redor da qual estão marcadas as horas.

Teoria: Você sabe que aparentemente o Sol gira ao redor da Terra e que gasta 24 horas para dar uma volta completa. Num círculo temos 360 graus, logo, dividindo 360 graus por 24 horas obtemos 15 graus para cada hora. Ou seja, o Sol “gira” 15 graus em cada hora ao redor da Terra. Nosso relógio será bem simples, pois terá só um ponteiro (o barbante dentro da garrafa) e somente as linhas das horas inteiras, ou seja, ele não vai marcar minutos e segundos.

A construção do relógio de Sol usando garrafa PET.
1. Providencie uma garrafa de refrigerante transparente e de paredes retas (cilíndrica) (a da coca-cola, apesar das curvas tem um pedaço que é reto (cilíndrica), então, também serve). Retire o rótulo (prefira garrafa que tenha pouca cola no rótulo).
2. Meça o comprimento da “cintura” da garrafa (na parte reta (cilíndrica), fora de curvas). Coloque uma tira de papel (ou de barbante) ao redor dela e depois com a régua meça o comprimento da tira de papel (ou do barbante). Digamos que este comprimento tenha sido de L milímetros.
3. Em seguida vamos fazer o mostrador das horas. Divida o comprimento L por 24 (afinal o dia tem 24 horas), e vamos chamar de H à razão L/24, ou seja, H = L / 24. Numa folha de papel sem linhas, trace 13 linhas (não muito fininhas) paralelas, separadas pela distância H. O comprimento pode ser de 10 ou mais centímetros, pois não importa. Sobre cada reta escreve as horas de 18 horas (à esquerda) até as 6 horas à direita.Veja a figura 1.
4. Recorte o papel bem próximo das linhas das 6 e 18 horas e fixe-o com pequenos pedaços de durex sobre a parede da garrafa PET, de forma que as linhas fiquem ao longo do comprimento da garrafa. Veja figura 2.

5. Agora a parte mais difícil. Deve ser feito por um adulto. Com a ponta de uma tesoura de ponta fina, fazendo movimento de rotação num sentido e no outro, faça um furo bem no centro do fundo da garrafa e outro no centro da tampa.
Outra opção é: segurando com um alicate, ou tesoura de metal ou pano grosso, um prego, aqueça-o numa chama e encoste-o no fundo da garrafa, a qual será furada com extrema facilidade pelo prego quente.
6. Em seguida passe um barbante não muito fino pelo fundo da garrafa e pelo furo da tampinha. Dê vários nós (um sobre o outro) na ponta do barbante que está no fundo da garrafa, para que possamos esticar o barbante dentro dela. Amarre a outra ponta na tampinha de forma que o barbante fique esticado dentro da garrafa, sem fazer “barriga” se ela for colocada deitada. Veja a figura 2.
7. A parte mais fácil: descobrir a LATITUDE da sua cidade (dica: pergunte à sua professora de geografia, ou consulte: http://www.apolo11.com/latlon.php ou http://www.aondefica.com/lat_3_.asp )
8. Recorte do transferidor (figura 3), um triângulo que tenha a abertura exata da LATITUDE da sua cidade (começando pelo zero, claro) e cole-o sobre um papelão grosso de mesmo tamanho, claro.
9. Recorte um retângulo de papelão com a largura e comprimento similar ao da própria garrafa PET que está usando. Faça um traço no centro do papelão ao longo do seu comprimento, de ambos os lados dele. Cuidadosamente cole o centro deste papelão sobre o primeiro, tal como mostra a figura 4.
10. Coloque a garrafa já montada de forma que a linha das 12 horas fique sobre o traço desenhado no centro do papelão
retangular. Está pronto o seu relógio de sol (Figura 5)! Parabéns! Agora é só saber ORIENTÁ-LO para que a
sombra do barbante projete sobre as “linhas das horas” a hora solar verdadeira, a qual pode ser bem “próxima” da
hora do seu relógio de pulso, dependendo de sua longitude e época do ano.




Observação: Claro que o relógio de sol só funciona sob o Sol e numa certa direção privilegiada. Qual direção? O relógio de sol tem que ficar com sua base sobre a linha NORTE-SUL. Assim o barbante fica apontando (sua parte mais alta) para o PÓLO CELESTE SUL, se você mora no hemisfério Sul e apontando para o PÓLO CELESTE NORTE, se você mora naquele hemisfério. A questão, então, é como determinar a direção Norte-Sul, certo? Veja os métodos abaixo:
Métodos de determinação da direção Norte-Sul:
1o Método: É a direção na qual a sombra (sobre um local plano) de um poste, ou a sua própria sombra é a MENOR DO DIA. Parece o método mais fácil, mas é o mais impreciso. Tente fazer e descobrirá.
2o Método: fique você mesmo de pé, imóvel, sob o Sol, de manhã, num lugar plano. Peça para seu colega fazer no chão um risco indo do meio dos seus pés até o final da sua sombra. Peça para ele também contornar os seus pés com um giz para você saber onde pisar à tarde, pois à tarde você precisa ficar no mesmo lugar até que a sua sombra da tarde fique do MESMO COMPRIMENTO que a sombra da manhã. A direção Norte-Sul estará exatamente no meio das duas sombras.
3o Método: Quase igual ao anterior, mas você finca uma vareta (também pode ser o seu lápis (como ilustra a figura acima) ou pendura um limão na ponta de um barbante e usa a sombra do barbante) num local plano, sob o Sol. Lá pelas 10 horas faça um círculo no chão, com raio igual à sombra do seu lápis (ou do fio vertical). Veja a figura acima.
À tarde coloque o lápis no mesmo lugar e veja quando a sombra fica do mesmo tamanho daquela da manhã, ou seja, ela vai encostar-se ao círculo novamente. A direção Norte-Sul é a linha que passa bem no meio das duas sombras.
Veja a figura acima!
4o Método: Use uma bússola, mas NÃO recomendamos, pois a bússola aponta para o norte magnético, o qual difere do geográfico e em alguns lugares difere muito!
Observação: Caso queira ver outras fotos do relógio solar, favor ir no site da OBA (www.oba.org.br).
Goiânia / GO
Latitude -16° 40' 43'' Longitude 49° 15' 14'' Altitude 749 metros Área 743 km²

GALILEU GALILEI


Biografia de Galileu GalileiBiografia deste importante cientista dos séculos XVI e XVI, vida e obras, invenção do telescópio, estudos e teorias científicas, Renascimento Científico.
Galileu: um dos maiores astrônomos da história
Grande Físico, Matemático e Astrônomo, Galileu Galilei nasceu na Itália no ano de 1564. Durante sua juventude ele escreveu obras sobre Dante e Tasso. Ainda nesta fase, fez a descoberta da lei dos corpos e enunciou o princípio da Inércia. Foi um dos principais representantes do Renascimento Científico dos séculos XVI e XVII.
Galileu foi o primeiro a contestar as afirmações de Aristóteles, que, até aquele momento, havia sido o único a fazer descobertas sobre a física. Neste período ele fez a balança hidrostática, que, posteriormente, deu origem ao relógio de pêndulo. A partir da informação da construção do primeiro telescópio, na Holanda, ele construiu a primeira luneta astronômica e, com ela, pôde observar a composição estelar da Via Látea, os satélites de Júpiter, as manchas do Sol e as fases de Vênus. Esses achados astronômicos foram relatados ao mundo através do livro Sidereus Nuntius (Mensageiro das Estrelas), em 1610. Foi através da observação das fases de Vênus, que Galileu passou a enxergar embasamento na visão de Copérnico (Heliocêntrico – O Sol como centro do Universo) e não na de Galileu, onde a Terra era vista como o centro do Universo.
Por sua visão heliocêntrica, o astrônomo italiano teve que ir a Roma em 1611, pois estava sendo acusado de herege. Condenado, foi obrigado a assinar um decreto do Tribunal da Inquisição, onde declarava que o sistema heliocêntrico era apenas uma hipótese. Contudo, em 1632, ele voltou a defender o sistema heliocêntrico e deu continuidade aos seus estudos.
Muitas idéias fundamentadas por Aristóteles foram colocadas em discussão por indagações de Galilei. Entre elas, a dos corpos leves e pesados caírem com velocidades diferentes. Segundo ele, os corpos leves e pesados caem com a mesma velocidade.
Em 1642, ele morreu cego e condenado pela Igreja Católica por suas convicções científicas. Teve suas obras censuradas e proibidas. Contudo, uma de suas obras (sobre mecânica) foi publicada mesmo com a proibição da Igreja, pois seu local de publicação foi em zona protestante, onde a interferência católica não tinha influência significativa. A mesma instituição que o condenou o absolveu muito tempo após a sua morte, em 1983.
http://www.suapesquisa.com/biografias/galileu/

quarta-feira, 18 de março de 2009

XII OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA

a) Participantes. Poderão participar todos os estudantes dos níveis fundamental e médio do País, regularmente matriculados em instituições de ensino médio e/ou fundamental, em um dos seguintes níveis:
· Nível 1: destinada aos alunos regularmente matriculados nas 1ª e 2ª séries do ensino fundamental no regime de 8 anos e 1ª à 3ª séries no regime de 9 anos.
· Nível 2: destinada aos alunos regularmente matriculados nas 3ª e 4ª séries do ensino fundamental no regime de 8 anos e 4ª e 5ª séries no regime de 9 anos.
· Nível 3: destinada aos alunos regularmente matriculados entre a 5ª e 8ª série do ensino fundamental no regime de 8 anos e entre a 6ª e 9ª série no regime de 9 anos.

Constituição da Prova. Cada prova é constituída por dez questões, assim divididas: 5 de Astronomia, 3 de Astronáutica e 2 sobre Energia. As questões das provas, preferencialmente, visarão muito mais a fornecer informações corretas e atualizadas aos alunos e propor reflexões do que extrair informações deles.
As provas serão compatíveis com os conteúdos abordados pela maioria dos livros didáticos do ensino fundamental e médio, bem como paradidáticos e textos divulgados em jornais e revistas. Indicações bibliográficas são fornecidas no site.
As questões terão abordagens tais que visarão estimular nos alunos as seguintes habilidades, compatíveis com as respectivas faixas escolares:
· visão espacial;
· habilidade com leitura e manipulação de dados, tabelas e gráficos;
· habilidade lógica e com manipulação de símbolos matemáticos;
· capacidade de refletir sobre novos temas;
· interpretação de texto; compreensão e raciocínio conceitual;
· criatividade e capacidade de fazer estimativas;
· familiaridade mínima com o céu noturno.

Nível 1 (1º ao 3º ano – Ensino Fundamental):
Astronomia
1) Localização. Pontos Cardeais. A Terra como Esfera.
2) A passagem do tempo: dias e noites, estações do ano. Meses e Fases da Lua. O movimento aparente do céu e os movimentos da Terra.
3) Reconhecimento de constelações e objetos celestes.
4) Conhecimentos gerais sobre os objetos do Sistema Solar: os oito planetas, os planetas-anões, cometas.Estrelas, buracos negros, galáxias, etc.
Astronáutica:
1) Veículos que andam pelos céus: aviões, foguetes e satélites. Sondas espaciais. Os satélites e foguetes brasileiros.
2)Atmosfera e sua importância para a manutenção da vida na Terra.
3) O homem na Lua.
Energia:
1) Educação Ambiental: Cultura do “Saber Cuidar” e do “Não Desperdício”. Prática dos 3 R: Reduzir, Reutilizar,Reciclar.
2) Formas e Fontes de Energia

Nível 2 (4º ao 5º ano – Ensino Fundamental):
Astronomia
1) Localização. Pontos Cardeais, bússolas. A Terra como Esfera.
2) A passagem do tempo: dias e noites, estações do ano. Meses e fases da Lua. O movimento aparente do céu e os movimentos da Terra. Horas e fusos horários.
Calendários.
3) Fenômenos do Sol e da Lua no céu: Fases da Lua, Eclipses, Marés.
4) Reconhecimento de constelações e objetos celestes.
5) Conhecimento qualitativo dos objetos do Sistema Solar: os oito planetas, os planetas-anões,
cometas, estrelas, buracos negros, etc.

Astronáutica:
1) Veículos que andam pelos céus: aviões, foguetes e satélites. Sondas espaciais. Os satélites e foguetes brasileiros.
2)Atmosfera e sua importância para a manutenção da vida na Terra.
3) O homem na Lua.
Energia:
1) Educação Ambiental: Cultura do “Saber Cuidar” e do “Não Desperdício”. Prática dos 3 R: Reduzir, Reutilizar, Reciclar.
2) Formas e Fontes de Energia. Energia Elétrica, Caminhos da Energia Elétrica.

Nível 3 (6º ao 9º ano – Ensino Fundamental):
Astronomia
1) Localização. Pontos Cardeais, bússolas. Coordenadas Geográficas.
2) A passagem do tempo: dias e noites, estações do ano. Meses e fases da Lua. O movimento aparente do céu e os movimentos da Terra. Horas e fusos horários.
Calendários.
3) Climas terrestres, causas e repercussões. O dia e a noite em partes diferentes da Terra. As estações do ano.
4) Fenômenos do Sol e da Lua no céu: Fases da Lua, Eclipses, Marés.
5) Primeiras idéias sobre elementos químicos, substâncias, e a composição dos corpos. Composição da Terra, da Lua e dos outros corpos do sistema solar (planetas, cometas, asteróides, etc.). Composição das estrelas.
6) Como os corpos do Sistema Solar se distribuem no espaço e como eles se movem. Noções de gravitação.
7) Idéias sobre luz e sobre como ela é importante para astronomia.
Os diferentes tipos de estrelas existentes.
8) Noções sobre o Universo e seus elementos. Histórico dos modelos geocêntrico e heliocêntrico.
9) O céu e a Terra como Esferas. Reconhecimento de constelações e objetos celestes.
10) História da Astronomia e da Ciência como um todo. Episódios específicos desta história.
Astronáutica:
1) Veículos espaciais: ônibus espaciais, foguetes, satélites.
2) As conquistas espaciais atuais. O Homem na Lua.Exploração do Sistema Solar. A Estação Espacial Internacional (ISS).
3) Por que o Brasil deve possuir um Programa Espacial? As instituições aeroespaciais brasileiras (AEB, CTA, IAE, INPE e ITA). Os satélites brasileiros (SCD e CBERS). Os Foguetes brasileiros. 4) O uso de satélites meteorológicos e de sensoriamento remoto.
Energia:
1) Formas e Fontes de Energia, Energia Elétrica, Formas de Geração de Energia Elétrica, Caminhos da Energia Elétrica(Geração, Transmissão e Distribuição).
2) Energia e o Meio Ambiente. Cultura do “Saber Cuidar” e do “Não
Desperdício”.
3) Eletricidade e alguns de seus aspectos técnicos. 4) Aspectos práticos sobre o consumo de Energia
Elétrica. Leitura do medidor de consumo residencial, Selo Procel, Equipamentos eficientes em energia e água, e Prática dos 3 R: Reduzir, Reutilizar, Reciclar.